quinta-feira, 10 de março de 2016

Dicas para adoção!


Parabéns!
Você acabou de ganhar um amor incondicional! 
Um animal adotado tem gratidão eterna e amor infinito para dar. 
Você vai perceber isso a cada dia, a cada gesto dele. Não tem como ser diferente!

Porém, junto com todas essas coisas boas, vem a consciência da posse responsável.


Assim, nunca é demais anotar algumas dicas:
  • Antes de tudo, lembre-se que o tempo médio de vida de um animal é de aproximadamente 12 anos.
  • Mantenha o animal de estimação (seja cão ou gato) dentro de casa, evitando que sofra acidentes ou maus-tratos nas ruas.
  • Alimente-o com ração apropriada para a sua espécie e mantenha sempre água limpa e fresca.
  • Leve o seu pet regularmente ao veterinário (pelo menos uma vez por ano), para aplicação de vacinações, vermifugação e check-up. Afinal, eles também envelhecem e precisam de cuidados especiais.
  • Dê muita atenção e carinho.
  • Identifique o seu animal com microchip ou placa identificadora.
  • Castre o seu pet o quanto antes. A castração evita gravidez indesejada, brigas por território e doenças (inclusive o câncer). Há, até, pesquisas que indicam que animais castrados vivem mais.

Feitas essas pertinentes observações, o fato é que...
ADOTAR É TUDO DE BOM!

EQUIPE TÉCNICA ANIMAL PLACE 

segunda-feira, 7 de março de 2016

Dermatite Atópica Canina


O seu animal de estimação não para de se coçar? 

Ele pode ter atopia.

Atopia é o diagnóstico mais comum para alergia em cães e gatos.

A Dermatite Atópica é uma doença alérgica crônica, de origem genética e incurável (apenas controle).

Os animais acometidos se tornam sensíveis a inúmeros alérgenos ambientais, que podem ser absorvidos pela pele, por inalação e até mesmo pela ingestão, desenvolvendo grave reação alérgica e pruriginosa (que coça), e interferindo, portanto, na qualidade de vida do paciente. O sintoma mais comum é uma coceira que persiste o dia inteiro – inclusive à noite – auto-mutilante (o cão morde e arranha o próprio corpo), de intensidade moderada a grave, não sazonal (independe da época do ano), crônica (animal coça há muito tempo) e primária (a coceira aparece antes dos ferimentos). 


Os locais aonde ocorrem mais esse fenômeno são a região ao redor dos olhos, as orelhas (o cão apresenta otite externa, bilateral), o abdômem, a virilha, a axila e a lambedura de patas.

A pele dos animais apresenta vermelhidão, descamação, queda de pelo, escurecimento da pele e pelagem, espessamento (“pele de elefante”) e cheiro forte. Atualmente, a atopia acomete a pele de mais de 30% dos cães que vivem em centros urbanos, além dos felinos, podendo ocorrer em todas as raças. Todavia, os cães mais acometidos são os de pequeno porte, de raça pura, podendo apresentar sinais a partir da adolescência, sendo que a maioria dos animais atópicos apresenta os primeiros sintomas entre o primeiro e o terceiro ano de vida.

As raças mais predispostas a desenvolve a doença são: West Highland Terrier, Shih Tzu, Poodle, Cocker Spaniel, Lhasa Apso, Labrador Retriever, Bulldog Inglês e Francês, Shar Pei, Yorkshire Terrier, Beagle e Pastor Alemão.

O diagnóstico depende de uma triagem inicial para descartar a presença de outros tipos de alergia, tais como a DAPE (dermatite alérgica à picada de ectoparasitas) e Hipersensibilidade Alimentar, além de exames complementares para descartar outras dermatopatias que podem levar o animal a se coçar.

A pele do cão com atopia apresenta uma falha na função de barreira protetora, facilitando a perda de água, tornando a pele do animal mais ressecada e favorecendo a entrada de agentes alérgenos ambientais. Essa pele é programada geneticamente para ser muito reativa frente a qualquer substância. A atopia promove condições ideais para um crescimento exacerbado de bactérias e fungos comuns na flora normal da pele canina, e que tendem a complicar ainda mais a inflamação da pele, gerando, por sua vez, mais coceira.

O tratamento, em geral, é vitalício e se resume em limpar a pele, remover as infecções e hidratá-la com o uso de xampus ou sprays adequados para cada paciente. Assim sendo, os medicamentos para o controle da coceira podem ser utilizados no início, mas algumas drogas utilizadas (a exemplo dos corticosteroides), podem causar efeitos colaterais que, no longo prazo, são capazes de diminuir o período de vida do animal.

Desta maneira, o proprietário do cão portador de atopia precisa ser esclarecido sobre as complicações e a provável recidiva dos sinais clínicos, além das melhores opções de tratamento e controle. O tratamento da atopia exige muita dedicação do proprietário e do veterinário. A resposta de cada animal é bem variada, assim como a sua exposição aos alérgenos.

O tratamento da atopia deve ser feito por um veterinário especializado em dermatologia. Só ele será capaz de interpretar corretamente o diagnóstico e traçar um plano de controle que proporcione uma melhor qualidade de vida para o animal.

A clínica veterinária da Animal Place oferece todo o suporte para o animal alérgico.

Caso necessite do nosso apoio, estamos à disposição.


Dra. Paula Cordovani Maion
CRVM-SP 19971
Médica Veterinária Especializada em Dermatologia de Cães e Gatos, e Medicina de Felinos.



Fontes:

MEDLEAU,L.; HNILICA,K.A. Dermatologia de pequenos animais- atlas colorido e guia terapêutico. 2ª ed.,2009, p 160-165.

LARSSON& LUCAS. Tratado de medicina externa- dermatologia veterináriaç 1ª ed., 2016, p 513-530.

MATERIAL DIDÁTICO CURSO PÓS GRADUAÇÃO EM DERMATOLOGIA DE PEQUENOS ANIMAIS FACULDADE ANHEMBI MORUMBI, 2015.